Sair de dentro e mim e olhar-me de longe.
Avaliar o que fiz de bom e de mau. Colocar tudo numa balança e tomar consciência da falta de equilíbrio. Equilíbrio esse ainda não encontrado, e que…talvez não encontre nunca. Pois se não o procuro em dia algum…
Flutuar nesta ilusão de equilíbrio, fazer de conta que tenho os pés assentes no chão, e que nada pode fazer-me cair, e como é mentira….
Não tenho a certeza de nada, como nunca tive, e não poderei ter nunca. Porque nada é eterno. Nada dura mais do que um momento apenas. E não terá este momento durado tempo demais já?
Não terá já chegado a hora de desenlaçarmos as mãos? E num abraço curto, e pouco apertado dizermos adeus…?
Não chegará já de aprender? Haverá ainda mais lições? E quais serão? Quero aprende-las? Tantas perguntas a que não apetece responder, se é que têm resposta. Sequer…
Nunca me faltou a coragem, e não me falta agora tão pouco. Talvez um dia, sim, talvez um dia, acorde mais cedo do que estava previsto, e, olhando à minha volta, não me encontre. E precise partir. Novamente partir, à descoberta.
De mim mesma.

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