domingo, 21 de fevereiro de 2010

Sou, Apenas, Um Homem Perdido Em Minha Sombra

Eu sou, apenas, a sombra de um homem
Que cavalga por mistérios insondáveis
Nas vingas antecipadas de minha insanidade que consomem
E travam minha essência enigmática e imortal beleza
D’ alma que secreta em sentimentos, sensações
E expressões. Às vezes, em metamorfose se encontra
Nossa pluralidade ou somente estamos em chamas obscuras contra
A luz de um Mundo: a solidão, o medo, a angústia –
Lobos misteriosos e edazes de nossos sonhos que mostram
Nossas “máscaras”, nossos “espinhos”, nossos “Gigantes”.


Extingo todos os meus instintos sobre a mesma pedra
Que forja amor, compaixão, ressentimento, dor…
Eu sou apenas sombra, dor e medo, repulsivo ao Mundo.
Memórias que me escondem, me consomem.


Das memórias os dialetos, de um passado presente,
Nas sombras do meu caminho uma luz incandescente.
De tentativas à sobrevivência, ao mundo sobrevivo.


Sou, apenas, um homem perdido em minha sombra.
De que importa o sexo se a sombra domina,
Homem e mulher nesse dialeto; Digo: Sombra,
A isso tudo me predomina. Toma conta,
Efemeridade na vida rústica, busco a abrupta essência
Da vida e morte, da afirmação e negação…
Não me vejo com tal impotência.


As sombras que se levam à morte,
As sombras que temos à vida,
E da importância que temos da sombra do homem que sou,
A importância de uma mulher, que um dia talvez ploriferou.
Sou apenas isso, e perco-me no que sou.


Paloma Stella

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