segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Thank you F. (again)

'Quando Deus fecha uma porta, algures abre uma janela'

Chorei noites seguidas. Limpei lágrimas sem fim. Tive pena de mim. Achei depois, que era o fim. Mas nunca é o fim, pelo menos não enquanto eu acordar e vir a luz do sol....

E vi. Tenho visto. Quando achei que o meu caminho tinha chegado ao fim, os meus sentidos despertaram de novo para a vida. Voltei a sentir que afinal posso começar de novo e voltar a acreditar. Hoje acredito de novo.
Acredito por tua causa, e sabes que é para ti que falo. É para vocês todos, todas as pessoas que passaram pela minha vida. As que me fizeram mal, e as que não me fizeram nada. Na verdade, não era a mim que estavam a magoar. Se agiram de uma forma pobre comigo, é porque não me conhecem. Viraram as costas a uma pessoa que não sou eu, e eu, ao não ser essa pessoa, não posso ficar ofendida com o que alguém pensa que me fez. Não era eu....era a visão de mim que essa pessoa teve. E que estava errada.

Pedes-me que te passe energia com as mãos, pois assim é a unica forma de me sentires sem me tocar. Nunca poderia dizer que não. A energia não é minha. Mas sou eu que vou estar ali contigo, e quando penso nisso sinto borboletas no estômago, de novo....

Sabemos que é um caminho escuro, e nunca ninguém quer caminhar em caminhos sem luz, eu não quero, e sei, tu também não.
Muitas vezes, tantas vezes me pergunto porquês interminaveis que nunca aspiram a ser respondidos. Tantas vezes vivo de duvidas passadas, presentes, e sei que me acompanharão no futuro. Odeio as duvidas. Os 'what if' que jurei um dia nunca mais querer sentir. Virei-lhes costas com um abraço, aquele abraço que me fez acreditar em tudo de novo. Tudo o que afinal era metáfora. Não era real...

Acreditei cegamente numa verdade que se foi, e cada dia doi menos. É muito dificil deixar de amar alguém, mesmo depois da grande mágoa que nos causaram, é muito dificil, mas a cada dia amamos menos um pouco. Até que um dia acordamos e já passou. Ou porque o sol entrou pela janela adentro e nos fez sentir (mais) vivos. Ou porque sentimos aquele friozinho no peito, como só sentiamos quando éramos crianças.
É delicioso descobrir que isso ainda é possivel.
Que hoje ainda é possivel.

Mantenho os meus principios, as minhas verdades, o respeito sempre em primeiro lugar. Quero começar de novo, mas não contigo....contigo não pode ser. Já alguém começou contigo antes de mim...porque assim tinha que ser!

E agora? Vais voltar às reticências?



A alegria de viver

É compreender que dentro de nós próprios, no profundo há uma inteligência enorme, simples, natural que sabe sempre o que fazer e onde nos levar. Trata-se de não bloqueá-la, mas sim deixá-la fluir, para que nos indique o caminho.

Ao ouvirmos e acolhermos tudo o que surge em nós: tristeza, alegria, coisas boas ou más, bonitas ou feias, sem preconceitos, sem bloqueios e sem nos opormos, descobriremos o contacto com o nosso espaço interior e com a nossa essência.

Observar os incómodos e as inquietudes que invadem o nosso espaço interior e acolher tudo o que é nosso, o que gostamos e o que não gostamos é a via mestra para estarmos bem com nós próprios.

Nos aceitarmos e deixarmos a nossa essência nos guiar, a desabrochar e a realizar o nosso caminho sem esforços e sem guerras interiores pela vida.

Estar feliz ou triste é um ir e vir. Apesar de difíceis, os processos de infelicidade também funcionam como um momento para amadurecer, pensar e repensar as atitudes, os projectos.

Não há respostas concretas mas há pistas do que leva até ela. O filósofo grego Aristóteles afirmava, há mais de 2 mil anos, que a felicidade se atinge pelo exercício da virtude e não da posse



Felicidade não é o que acontece na nossa vida, mas como nós elaboramos esses acontecimentos. A diferença entre o sábio e o ignorante é que o primeiro sabe aproveitar suas dificuldades para evoluir, enquanto o segundo se sente vítima de seus problemas"


Roberto Shinyashiki


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