segunda-feira, 29 de março de 2010

Sinto tanto a tua falta...


Que estas lágrimas sejam de saudade e não de tristeza, disse ela num abraço apertado que senti até ao mais profundo da minha alma.


São de saudade sim, e como sinto a tua falta. Mas tanto.
Das vezes em que andávamos de mão dada na rua, e das vezes em que diziam que éramos (porque somos) iguais um ao outro.
Herdei os teus olhos, e hoje, com estes olhos, vejo o teu mundo. O mundo da forma que me ensinaste a ver.


Vês como fiz tudo aquilo que me aconselhaste? Como cheguei até aqui sem cometer as mesmas loucuras que acabaram em erros, tal como tu…

Ouvi bem os conselhos que me deste. Interiorizei todas as mensagens, mas na verdade, gostava que hoje estivesses aqui, para te perguntar se agora já posso baixar os braços. Fazer de conta que acredito no amor para sempre ‘ou mais até’…talvez acredite. Talvez acredite agora Pai. Porque eu sei, tu sabes que ele existe, pois também tu o sentiste até partires e me deixares aqui…até há bem pouco tempo, só.

Mas na verdade nunca tu me deixaste só, deixaste sempre um rasto para eu seguir. Chegou finalmente a altura de o seguir, segui, e encontrei-te. Achei-te em mim. E é tão bom falar contigo de novo…Saber que não me esqueces nunca.

Pois na verdade, se queremos estar com alguém que amamos muito, já estamos, certo?

Acredito a 100%.




quarta-feira, 24 de março de 2010

Um ano depois....

Foi um dia muito triste apesar de não parecer. Senti-me novamente abandonada, embora não pela mesma pessoa, nem da mesma forma...não posso comparar. É aquele abraço que me faz falta vezes demais, e que não consigo receber vezes suficientes.
Sinto vontade de virar as costas de novo. De esquecer o propósito que me levou a ti, e fazer de conta que não sei que somos um só.
Estou triste e tu sabes, mas não sabes o quão triste estou...
Nem o sabe ninguém. Porque mordo as palavras, e afago as lágrimas antes que caiam.
Faço de conta, e não sou eu.






Poderei sê-lo algum dia?
Poderei algum dia contar contigo inteiramente?
Onde é que tu estás agora?
Aqui não é com certeza...comigo.
E eu preciso, de novo.

terça-feira, 23 de março de 2010

Nas margens do Rio Piedra eu sentei e chorei

Quanto mais amamos, mais próximos estamos da experiência
espiritual. Os verdadeiros iluminados, com suas almas incendiadas pelo
Amor, venciam todos os preconceitos da época. Cantavam, riam, rezavam
em voz alta, dançavam, compartilhavam aquilo que São Paulo chamou
«santa loucura». Eram alegres – porque quem ama venceu o mundo, não
tem medo de perder nada. O verdadeiro amor é um acto de entrega total.



O monge Thomas Merton dizia: «A vida espiritual resume-se em amar.
Não se ama porque se quer fazer o bem, ou ajudar, ou proteger alguém. Se
assim agimos, estaremos a ver o próximo como simples objecto, e estaremos
a ver-nos a nós mesmos como pessoas generosas e sábias. Isso nada tem a
ver com amor. Amar é comungar com o outro, e descobrir nele a centelha de
Deus.»




Ah, quem me dera que eu pudesse arrancar o coração
do meu peito e atirá-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem
saudade, nem lembranças.
Nas margens do Rio Piedra eu sentei e chorei. O frio do Inverno fez
com que eu sentisse as lágrimas na face, e elas misturaram-se com as águas
geladas que corriam diante de mim. Em algum lugar, este rio junta-se com
outro, depois com outro, até que – distante dos meus olhos e do meu coração
– todas estas águas se confundem com o mar.




Mas pobre de quem teve medo de correr riscos. Porque esse talvez
não se decepcione nunca, nem tenha desilusões, nem sofra como aqueles
que têm um sonho a seguir. Mas quando olhar para trás – porque olhamos
sempre para trás – vai ouvir o seu coração a dizer: «O que fizeste com os
milagres que Deus semeou nos teus dias? O que fizeste com os talentos que
o teu Mestre te confiou? Enterraste-os bem fundo numa cova, porque tinhas
medo de perdê-los. Então, esta é a tua herança: a certeza de que
desperdiçaste a tua vida.»

Pobre daquele que escuta estas palavras. Porque então acreditará em
milagres, mas os instantes mágicos da vida já terão passado.


Há um ano senti-me abandonada.
E hoje senti-me de novo.

Não quero voltar a sentir isto que sinto agora. Não quero mais.




segunda-feira, 22 de março de 2010

Descobri que amo mais do que as palavras calam.
E que não consigo mais esconder (…)
Descobri que o tempo é feito de momentos que não falam
E que não quero mais perder.


E como uma aura, porta de entrada
A qual devemos cuidar com amor
Percebi que sem ti não sou mais nada
E que não quero mais viver na dor.














Só os anjos entendem os nossos olhares
E só nós entendemos os anjos
Não sei o que fazer se não ficares
(já o dizem os arcanjos)
E já não mais me constranjo…



Se um dia este amor que num sorriso se deu
Não mais brilhar, não mais se encher
Nada meu amor deverás temer,
Pois esse amor sem um sorriso…não serei eu.



I.R.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Ela: doi-me a barriga...será que estou grávida?
Ele: tu nem brinques com essas coisas!!! Não me metas em trabalhos.
Ela: quem, eu?
Ele: tu vê lá...era o que havia de me faltar.


Estava mesmo, e faz hoje um ano que tivemos esta conversa. Lembras-te?
Pois eu lembro-me muito bem.

Como custa....

Saber que estás triste....e que eu sou a causa disso....
E como queria eu não ser eu.







Como queria que a Natureza fosse ainda mais perfeita. Tal como eu quero a Felicidade, a Paz de todos, e que encontrem esse mesmo...

.......Amor Incondicional.
Sem ele, não estamos vivos.

Estou triste. Comigo. Contigo. Por nós.



Perdoa-me.

quinta-feira, 18 de março de 2010

A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.

A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.

O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,
o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.

Vinicius de Moraes
‘’A Paixão está no excesso acrescentado à vontade , pois o principio foi dado ao homem para o bem, e as paixões podem levá-lo a realizar grandes coisas; é o abuso que delas se faz que causa o mal’’

‘O Livro dos Espíritos’ – Allan Kardec

‘’As paixões são como o cavalo que é útil, quando é dirigido, mas que se torna perigoso quando é ele quem dirige. Reconhecei portanto, que uma paixão se torna perniciosa, no momento em que deixas de poder governá-la e quando tem como resultado um prejuízo qualquer, para vós ou para os outros.’’

‘O Livro dos Espíritos’ – Allan Kardec
















Há um ano atrás dizias não me querer. E como te queria eu…

O que me fizeste sofrer durante este ano que passou. Eu já te perdoei há muito, mas nunca, nunca vou esquecer a forma como me abandonaste….

Não consigo : (




quarta-feira, 17 de março de 2010

Faz hoje um ano que marquei aquela consulta. Lembras-te? Achas que foi por acaso que calhou naquele dia, e não na semana seguinte?

O acaso não existe…devias já saber. E como sofri depois desse dia.
Estou de luto, por dentro. A tentar ainda enterrar as memórias de tudo o que de mau me deixaste ficar na bagagem, e que carrego ainda às costas…este peso que parece não sair, e que mais ninguém entende.
Como é que o passado não interessa, se foi esse mesmo passado que fez de mim quem sou hoje. E isso interessa, e interessa muito…

Cada vez que penso em ti, cada vez menos também…as lágrimas caem-me pela face. Não consigo calá-las, porque de facto nunca te disse que queria deixar tudo para trás…nunca me deste essa oportunidade tão pouco.
Vou continuar a fazer este meu luto. E nunca vou enterrar-te definitivamente, porque a morte é um ciclo, e eu não quero voltar a passar por isto. Não quero que aquilo que me fizeste passar, seja ‘cíclico’.
Quero esquecer. Só esquecer….que te conheci um dia, e sorri para ti. Que usei aquele meu sorriso que só usava contigo. E que já nem sei qual é. Porque mo roubaste.
Hoje consigo sorrir de novo, mas nada é igual. Roubaste-me uma inocência que nunca mais vou achar por mais que procure. E como isso me faz sofrer em dias.

Amei-te como nunca. Amo-te como à vida. E odeio-te pelo mal que me causaste. E isso não quer dizer que me tenha esquecido de ti. Apenas que te guardei. E espero nunca mais precisar ir buscar-te. Fazes-me sofrer. Farás sempre.

segunda-feira, 15 de março de 2010

F.

Cada vez que calo um beijo meu, mato a mulher que há em mim. Há quem ache difícil expor um sentimento bonito como o amor, ele é do mais puro que existe, e nasce do nada. Assim são os meus beijos, cheios de saudade de ti, do momento seguinte em que já não mais estarás comigo. Carregam o carinho e o desejo que não posso dar-te, mas que guardo com muito amor, num cantinho especial do meu coração, onde só guardo as coisas muito especiais.
O meu querer não é difícil de revelar, aliás seria impossível não o revelar. Porque os meus olhos falam por mim, e os meus lábios gritam o que sinto. Os meus olhos sorriem, mesmo enquanto as lágrimas caem….elas tornam-se pequenos cristais, que depois apanho e guardo. Um dia, vou entregar-tos todos…

Toda a proximidade entre nós parece não ser suficiente nunca. Sinto-te sempre tão longe…mesmo quando estás aqui ao lado. A minha voz cala-se de tanto que quer falar.
Espero que um dia encontres, não para dar, mas receber, os beijos que são meus. Os braços que querem abraçar-te a ti apenas, e ao ouvido suspiros de prazer…
Que nos meus braços encontres tudo isto. Nos meus olhos a verdade das palavras que te digo.
Nas minhas palavras a resposta às tuas duvidas. E que quando te toco (….) saibas que sou, e serei sempre……


…..tua.


domingo, 14 de março de 2010

Hoje vou deitar-me e sonhar com os anjos. Aqueles que te trouxeram nos braços, e te deixaram pousar em mim…

Vou chorar com eles, e perguntar-lhes porque te levaram de volta.
Dentro de ti, deixo de existir, passo a ser nós os dois. Já pedi ao coração para te esquecer, mas ele diz-me em silêncio que desta vez não…desta vez não pode fazer-me a vontade. Só desta vez…(como se das outras me tivesse feito, alguma vez).

São horas mortas sem ti. A noite fica vazia, porque não estás aqui. E penso, pergunto-me, interminavelmente….se pensas igualmente em mim….

O que é que eu faço?



sábado, 13 de março de 2010

Somos seres eternos numa viagem de montanha russa chamada vida. Tem montes de altos, e baixos, uma subida brutal, várias aliás, descidas a pique, e muitos divinamente inesperados, ao longo da caminhada...
Temos a opção de, a qualquer momento, escolher qual a viagem que vamos fazer. Se vamos agarrar-nos com muita força com os punhos, enquanto conduzimos um volante 'ficticio', ou se nos encostamos para trás, e apenas acenamos com os braços no ar, ao longo da viagem...
Qualquer que seja a decisão, a escolha foi perfeita, temos apenas que ter a consciência de que a escolha existe sempre, para que possamos deixar ficar o que não devemos levar connosco no caminho, e levantar-nos, e aí sim, acenar com os braços no ar.
''Any inteligent fool can make things bigger and more complex....it takes a lot of genius and a lot of courage to move in the opposite direction''
Albert Einstein

quinta-feira, 11 de março de 2010

‘’A tristeza é um risco, quando nos deixamos cativar’’







Se não arriscamos, olhamos por cima do ombro, para trás e perguntamo-nos como teria sido ‘se’ (…)


Se arriscamos, sofremos com a dor do risco que corremos. Por vezes um risco calculado, outras, nem tanto.
A tristeza, quando nos permitimos a ela, quando lhe damos espaço, ‘margem de manobra’ ocupa algum espaço da nossa alma. O espaço que ela ocupa, cabe a nós decidir, pois está sempre nas nossas mãos parar com o sofrimento, a qualquer instante. Nós sabemos, e só nós sabemos (!) que a causa do nosso sofrimento não somos senão nós mesmos. Pois nós escolhemos vir aqui, voltar. E a vida que iríamos viver. Obviamente que podemos virar as costas a tudo, continuar a ser pessoas egoístas, pouco claras, infelizes…e isso implica que teremos que voltar cá, mais vezes. Até nos tornarmos seres mais perfeitos.

Passamos a vida a queixar-nos (não todos, porém) de que a vida não corre exactamente como havíamos planeado. Pois então, há que mudar os planos, e fazer com que aconteçam.
Nada é eterno, e não temos que comer do que não queremos só porque assim foi determinado numa certa altura. O ser humano (muitos de nós) ainda vive limitado, vê pequeno, e não entende que o Universo é um leque de opções, e que nos cabe unicamente a nós fazer escolhas. Certas? Erradas? Lá está, o risco que corremos.
Por mim, escolho a verdade nas minhas acções. Opto por sentimentos honestos e verdadeiros, e sei que assim, não estando a enganar ninguém, não estou a enganar-me a mim tão pouco. Isso seria um erro crucial, uma perda de tempo. E o caminho já vai longo….

Faço isto, e se o faço é porque gosto de ti. Mais do que está a ser-me permitido, mas gosto, e quando me lembro disso, desse ‘gostar’ sorrio, porque não posso permitir-me ficar triste. O sentimento que nutro é bom, pacifico, e meu. Só meu.


Como é o meu amor…

quarta-feira, 10 de março de 2010

Amor incondicional: o que é?

O que é isso afinal de ‘amor incondicional’?
A própria palavra já diz tudo: amor sem condição. Um amor que não põe condições a nada. Nem mesmo a condição de ser correspondido. Um amor além dos limites das leis humanas. Não exige qualquer condição para existir, existe por si só.

Quando paramos tudo na nossa vida para estar com uma pessoa , exclusivamente para a ouvir, conversar, para a amar…estamos a dar-lhe um tempo emocional. Essa pessoa, alvo do nosso ‘amor incondicional’ partilha depois coisas do seu Universo, em função do que estamos a dar-lhe: seja amor incondicional, atenção…

A partir do momento em que lhe damos este nosso tempo emocional, a carência dessa pessoa cessa, pois foi já preenchida por um sentimento bom, e puro, e já nada lhe falta.
************************************************************
Se não é correspondido este nosso amor incondicional, não devemos ficar feridos. Fomos nós quem assim determinou, no passado, antes de aqui chegarmos.
Somos nós quem escolhe a vida que vai viver, de forma a ‘melhorar’ a nossa existência, a deixar filhos melhores no planeta. Para podermos voltar, no entanto, precisamos voltar em outras vidas, com outras pessoas, ou as mesmas. Daí vem aquela atracção por uma certa pessoa que não conseguimos explicar. Quantas vezes dizemos que a pessoa nem nos diz nada, mas se olharmos para ela com os olhos da alma, passa a dizer-nos tanto (!)..? Isto porque nós mesmos determinamos que assim seria.

Cabe-nos a nós não fugir desse ‘pre-destino’ que nós mesmos pedimos e determinamos.
Para voltarmos cá, para ‘melhorarmos’ e evoluirmos, precisamos reencarnar. E disso não devemos ter duvidas nunca.
E é por isso de um egoísmo tremendo afirmarmos que não queremos ‘trazer filhos a este mundo’. Porque o mundo está mau, e (como tão frequentemente ouço dizer) ‘trazer crianças para sofrer, não’.
Somos ignorantes, estúpidos, ao dizer estas baboseiras pela boca fora. Não entendemos que o propósito dessas crianças, não é o de trazer vidas físicas a este mundo, mas sim vidas espirituais.

Nós não somos seres físicos, a ter uma experiência espiritual. Somos sim, seres espirituais a viver uma experiência física.

Um dia ela chegará ao fim, e precisaremos voltar.
Se o egoísmo for o que optamos por alimentar, a ‘evolução’ de que tanto necessitamos, cessa por aqui.

Não devemos ter filhos, Devemos ter MUITOS filhos, MUITOS.

‘Grande é a poesia, a bondade e as danças, mas O MELHOR DO MUNDO SÃO AS CRIANÇAS’
F.P
"Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero.
Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce dificuldades para fazê-la forte,
Tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas,
elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos."

Clarice Lispector

O sonho

Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas


Clarice Lispector

terça-feira, 9 de março de 2010

Todas as noites, nos meus sonhos (que são raros), desde há pouco tempo (e porque és coisa recente) sonho contigo. Sonhar também é coisa recente, porque desde há 10 anos, quando me disseram que provavelmente não voltaria a sonhar, acreditei, por ser verdade, que não voltaria de facto. Muito raramente acontecia, e quando aconteceu, nestes 10 anos, assim que acordava o sonho esvanecia num abrir e fechar de olhos. Nunca fui capaz de os recontar, eram sempre uma coisa muito 'leve', coisa que aliás, não é a minha vida desde que deixei de sonhar.

Questiono-me muitas vezes também, se a falta do sonho, em estado adormecido, ou acordado, fará falta à fantasia que nos faz falta. Se não sou capaz de sonhar, como podes tu entrar então na minha vida?...


E então, dou comigo a deitar a cabeça na almofada e a pensar se irei sonhar, porque se isso acontecer, o mais provavel é que estejas comigo, naquele momento. (e nãoe stás sempre ainda assim?)


Não tem acontecido de entrares nos meus sonhos. Não tenho sonhado...e talvez por isso esta falta de Fé.
Não em ti! Ou em mim...mas neste sentimento que nos une. Se ele não ultrapassa o sonho, se não passa sequer por aí, como pode tornar-se real?


Eu explico:
Se tu és tudo com o que sempre sonhei, e se tu te tornas real, como posso eu deixar de sonhar? Facto é, que deixei...

Não sonho há muito.

Não sonho contigo.

Hoje és real, não és mais sonho.

E eu gostava de poder nunca acordar da realidade.
‘Tudo deve ter um equilíbrio. A natureza vive em harmonia. Os animais vivem em harmonia. Os seres humanos não aprenderam a fazer isso. Continuam a destruir-se. Não existe harmonia, não existe o menor plano naquilo que fazem. A natureza é tão diferente..A natureza é equilibrada. A natureza é energia e vida…e renovação. E os seres humanos apenas destroem. Destroem a natureza. Destroem os outros seres humanos. Há-de chegar uma altura em que se destruirão a si próprios’

‘’Todos os diamantes são perfeitos’’

‘’Por vezes as perguntas são complicadas e as respostas são simples’’
(em ‘’Muitas vidas, Muitos Mestres’’Brian L Weiss)

Por vezes perdemos o equilíbrio, não com a natureza, mas com o nosso eu interior. É preciso parar, meditar, pensar…e encontrarmo-nos de novo. Por vezes, essa procura interior é longa, demorada, outras não, é muito rápida, sucinta, porque, na verdade, sabemos já de antemão o que procuramos.
Tudo se torna mais difícil quando não procuramos nada em concreto, mas isso em nada muda o facto de que as ‘coisas e as pessoas’ venham ter connosco. Venham ao nosso encontro. ‘A natureza é energia e vida…’ e é essa mesma energia que gere as aproximações e afastamentos que sofremos de outras pessoas ao longo da vida.
De nada nos serve iludirmo-nos, ‘sofrer por amor’. É um sentimento vácuo, vazio. Os sentimentos reais, aqueles que devemos manter, bom, desses não temos sombra de duvidas. São os que nos deixam sem fôlego, os que não conseguimos explicar, porque não só não precisamos mas também sabemos que não têm explicação.
O amor, por si só, o amor puro, verdadeiro, e são, esse surge ao virar da esquina. Sem que o procuremos. Quando caminhamos numa procura infindável do que é ‘o melhor para nós’, essa mesma ‘energia’ gerida pela vida, faz com que sejamos capazes de atrair ‘o melhor para nós’, sim, talvez, é possível.

Mas nem sempre.
Procurei-te por todos os lados. Chamei por ti na mais alta das montanhas. Nas torres das igrejas. Mas tu não estavas lá. De que me adianta ver um mundo cheio de cores se eu não apreciar a visão que tenho do mundo (…) ?
De que adianta o sol nascer se eu não o celebro todos os dias? De que me adianta parar para escutar, se não ouço o meu próprio silêncio…
De que me serve ter voz se as palavras não são as correctas.

Todos merecemos ser Felizes, e devemos viver o melhor possível para concretizar essa felicidade, mas por vezes é muito difícil.
Vivemos rodeados de injustiças, de mentira e de falta de altruísmo. O bem que fazemos é sempre uma procura daquilo que esperamos receber. Ninguém dá em vão. Talvez eu dê aquilo que nunca posso esperar receber. Porque dou muito, talvez dê demais. E na verdade, nunca ninguém me pediu nada em troca. Para mo tirar de seguida.
Tiram-me o que dou e o que nunca pensei dar, e no fim, fica este vazio.
O que sinto hoje.
"Se sofreu uma injustiça, console-se; a verdadeira infelicidade é cometê-la. "

segunda-feira, 8 de março de 2010

Segue o teu destino

Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues
.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.

Ricardo Reis

what will be, will be...


domingo, 7 de março de 2010




Tentei vezes sem conta desenhar o amor. Mas fogem-me os pulsos, a mão treme e nunca lhe conheci verdadeiramente a forma. A lei do desprendimento é isso mesmo, só conseguimos alcançar um objectivo quando desviamos a mente do objecto. Sabemos qual o fim que pretendemos alcançar, mas também sabemos que o percurso é o menos importante. Se não sabemos, devíamos saber que no Universo, tudo está interligado e tudo se encaixa.
Ninguém nasce ao acaso e não é por acaso que as pessoas se conhecem. Vidas passadas...? Não sabemos....
Quando lancei as moedinhas acertei no hexagrama 54, poderia ter sido o hexagrama 55, mas aí eu teria sido levada a pensar em que tudo acontece por uma razão, mas a razão seria outra. Hexagrama 54: Kuei Mei-'a jovem que se casa' (....)
Desprendi-me de ti, e encontrei-me. Desprendi-me de tudo, e ando perdida, pois não sei o que vou encontrar a seguir. Entretanto mantenho-me fiel...aos meus principios. E mais estes cinco:
Só por hoje, não te irrites;
Só por hoje não te preocupes;
Só por hoje, agradece todas as bençãos, e sê humilde;
Só por hoje, ganha a tua vida honestamente;
Só por hoje, sê gentil e amavel para com todos os seres vivos....
E que assim seja!
"O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar..."


Alberto Caeiro, Guardador de Rebanhos

sábado, 6 de março de 2010

Mais 5 irmãos curadores ** benvindos ao Reiki!

Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz;
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé;
Onde houver erros, que eu leve a verdade;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei com que eu procure mais consolar,
que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado;
Pois é dando que se recebe;
É perdoando, que se é perdoado;
E é morrendo que se vive para a vida eterna.


Oração da paz - Oração de S. Francisco de Assis

quinta-feira, 4 de março de 2010

Tu tens uma 'ela', eu não tenho um 'ele' mas é como se tivesse. O meu 'ele' és tu. Eu e tu temos um mundo só nosso, do qual a nossa consciência nos faz fugir todos os dias. Mas todos os dias cedemos à fraqueza com um 'estou aqui' (...), e ambos sabemos disso.


Por vezes sinto vontade de te beijar para que percas todas as duvidas. Penso demasiado e acabo por dar cabo de mim. Às vezes sonho contigo (sempre acordada), que te sentas ao meu lado, que me dizes palavras ao ouvido, e me tocas. E é nesse momento que os nossos mundos se unem, como se não houvesse mais nada em nossa volta. E sonho que posso ficar assim, sempre assim.







Um 'amor impossivel' é uma coisa que não existe. Já está concretizado a partir do momento em que nasce. Só quem tenta resistir a uma tentação sabe o quão forte ela é. E valerá a pena? Tudo isto, toda esta luta contra a minha vontade valerá a pena? Outra vez?

Existem limitações às operações desta mesma tentação, mas estas limitações são terráqueas, impostas por nós...e como fica dificil...!

A palavra 'amor' presta-se a inúmeros significados...pode significar afeição, compaixão (pena), vontade, paixão...ou apenas um querer bem (mais que bem querer) ou tudo junto. E mais aquilo que sinto. E o que tu sentes também.
E depois, pegamos em tudo, juntamos muito bem, e ....deitamos fora. Como se pudessemos dar-nos ao luxo de perder uma grandiosidade desta dimensão.

Fugir do amor é fugir da vida e é assim que me sinto hoje. A vida por vezes prega-nos partidas, mas eu sei que mereço. Sei que TE mereço.
Sem amor, a vida não faz o menor sentido...

Tudo começou com uma palavra, com um olhar, e quando olhei para mim, os nossos lábios estavam selados por uma união que nunca mais ninguém vai conseguir separar.

'Tu tornas-te eternamente responsavel por aquilo que cativas'

Sabes? Ser feliz por vezes também doi. E para que tu encontres a tua felicidade, eu virei as costas à minha. Tem sido assim tantas vezes, e na verdade, estou cansada...mas sei também que algum dia alguém virá levantar-me o queixo, olhar-me nos olhos e dizer-me 'olha...eu estou aqui'...

E eu sonho com esse dia, todos os dias.
Sonho contigo também. E tu sabes disso.

É em ti que vivo apesar de ter fugido de ti. É nas minhas lágrimas que te encontro.
Tenho medo de precisar de ti mais do que tu precisas de mim. Medo de acordar deste sonho...porque não o sonhas comigo, e ele é só meu.

Claro que me sentiste dentro de ti, pois é onde eu estou. De corpo e alma. Numa profundidade que só as lágrimas conseguem alcançar.

'Quero-te' -dizes-me...enquanto vais embora. E é assim que eu silencio todo o meu medo, e também, todo o meu desejo...apago as lágrimas, e adormeço em ti.