Que estas lágrimas sejam de saudade e não de tristeza, disse ela num abraço apertado que senti até ao mais profundo da minha alma.
São de saudade sim, e como sinto a tua falta. Mas tanto.
Das vezes em que andávamos de mão dada na rua, e das vezes em que diziam que éramos (porque somos) iguais um ao outro.
Herdei os teus olhos, e hoje, com estes olhos, vejo o teu mundo. O mundo da forma que me ensinaste a ver.
Vês como fiz tudo aquilo que me aconselhaste? Como cheguei até aqui sem cometer as mesmas loucuras que acabaram em erros, tal como tu…
Ouvi bem os conselhos que me deste. Interiorizei todas as mensagens, mas na verdade, gostava que hoje estivesses aqui, para te perguntar se agora já posso baixar os braços. Fazer de conta que acredito no amor para sempre ‘ou mais até’…talvez acredite. Talvez acredite agora Pai. Porque eu sei, tu sabes que ele existe, pois também tu o sentiste até partires e me deixares aqui…até há bem pouco tempo, só.
Mas na verdade nunca tu me deixaste só, deixaste sempre um rasto para eu seguir. Chegou finalmente a altura de o seguir, segui, e encontrei-te. Achei-te em mim. E é tão bom falar contigo de novo…Saber que não me esqueces nunca.
Pois na verdade, se queremos estar com alguém que amamos muito, já estamos, certo?
Acredito a 100%.



