quarta-feira, 17 de março de 2010

Faz hoje um ano que marquei aquela consulta. Lembras-te? Achas que foi por acaso que calhou naquele dia, e não na semana seguinte?

O acaso não existe…devias já saber. E como sofri depois desse dia.
Estou de luto, por dentro. A tentar ainda enterrar as memórias de tudo o que de mau me deixaste ficar na bagagem, e que carrego ainda às costas…este peso que parece não sair, e que mais ninguém entende.
Como é que o passado não interessa, se foi esse mesmo passado que fez de mim quem sou hoje. E isso interessa, e interessa muito…

Cada vez que penso em ti, cada vez menos também…as lágrimas caem-me pela face. Não consigo calá-las, porque de facto nunca te disse que queria deixar tudo para trás…nunca me deste essa oportunidade tão pouco.
Vou continuar a fazer este meu luto. E nunca vou enterrar-te definitivamente, porque a morte é um ciclo, e eu não quero voltar a passar por isto. Não quero que aquilo que me fizeste passar, seja ‘cíclico’.
Quero esquecer. Só esquecer….que te conheci um dia, e sorri para ti. Que usei aquele meu sorriso que só usava contigo. E que já nem sei qual é. Porque mo roubaste.
Hoje consigo sorrir de novo, mas nada é igual. Roubaste-me uma inocência que nunca mais vou achar por mais que procure. E como isso me faz sofrer em dias.

Amei-te como nunca. Amo-te como à vida. E odeio-te pelo mal que me causaste. E isso não quer dizer que me tenha esquecido de ti. Apenas que te guardei. E espero nunca mais precisar ir buscar-te. Fazes-me sofrer. Farás sempre.

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