Parar.
Respirar fundo. Suster a respiração e lentamente permitir que o ar se liberte do nosso corpo. Esse mesmo ar, que há instantes invadia cada célula do nosso interior, espalha-se agora na atmosfera, no Universo, no planeta. É esse mesmo ar que pode 'contaminar' pensamentos puros, ou purificar pensamentos maliciosos. Tudo está na intenção que pomos nas coisas que fazemos.
Nada mais.
Respirar fundo, libertar o ar lentamente e voltar a inspirar, momento a momento, segundo a segundo, é o que nos faz viver, é o que faz com que cada momento conte. Com que cada olhar faça sentido; cada suspiro ao ouvido, cada gemido, cada apertar de mãos, cada gota de suor (...).
Respirar fundo, dar um passo atrás, e lentamente libertar o ar. Faze-lo vezes sem conta, tantas quanto necessário.
E depois seguir em frente. Sem sombras, sem medos, porque está tudo bem. Estamos bem. E estamos bem sempre que, ao invés de retermos esse ar, já viciado, dentro do nosso peito, ousemos libertá-lo, e permitir que se purifique. Que se regenere.
Respirar fundo, e lentamente deixar que a vida passe. Deixar que tudo corra conforme planeado (e assim acontece todos os dias) e não interferir com o rumo das coisas.
Respirar fundo, e deixar que, naturalmente a vida siga o seu curso normal. Que os olhares continuem a trocar-se. Não tapar os ouvidos aos suspiros, e apertar as mãos com força.
É que respirar fundo, e lentamente permitir que o ar se liberte, pode ser, pode muito bem ser, o encontro com a felicidade.
A minha. A tua.
A nossa felicidade.

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